Com a chegada do verão, a vinda de pessoas em situação de rua costumar aumentar nas cidades litorâneas. Diante dessa situação, a Secretaria de Assistência Social de Navegantes, em parceria com a Navetran, está fixando placas de “Não dê esmola” nos locais de maior acesso da cidade, para conscientizar os cidadãos a não darem esmola e sim cidadania, já que o ato de dar esmola faz com que as pessoas permaneçam nas ruas e não consigam superar suas fragilidades.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Maria Flor, as placas estão sendo instaladas na esquina entre a Av. Pref. José Juvenal Mafra e Av. Conselheiro João Gaya, no acesso ao ferry boat, na esquina entre a Av. Conselheiro João Gaya e Av. Nereu Liberato Nunes, próximo ao cemitério central, na Praça da Praia Central e na Avenida Portuária.
O objetivo das placas é que os cidadãos ao verem um morador em situação de rua não doem dinheiro, alimento ou forneçam qualquer material que os auxiliam a ficar nas ruas, mas sim acionem o serviço especializado de Abordagem Social, por meio do telefone (47) 3185-2012.
O serviço de abordagem social é um serviço realizado por meio de uma equipe especializada do CREAS e tem como finalidade assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras violações de direitos.
São objetivos do atendimento o conhecimento sobre os direitos, o fortalecimento da autoestima e dos relacionamentos e a construção de novos projetos e perspectivas de vida. Quando a pessoa desejar, os profissionais dos serviços socioassistenciais poderão apoiar a busca e a reaproximação com sua família. Também é ofertado passagem de volta para a cidade de origem e encaminhamento para clínicas de recuperação, quando necessário.
Vale ressaltar que qualquer serviço socioassistencial ou encaminhamento só pode ser realizado se assim a pessoa em situação de rua aceitar. Qualquer tipo de retirada forçada do local, internação compulsória ou ajuda não consentida é proibida por Lei.
“Esperamos que com as placas, os cidadãos se conscientizem que a rua não pode ser atrativa a essa população. Se não tiver dinheiro para sustentar o vício, eles vão aceitar o tratamento, voltar para família, buscar um emprego e um novo projeto de vida”, enfatizou a secretária.