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Geral
21/05/2018 | 17:09

Santa Catarina tem a maior área preservada de araucárias entre os estados do Sul

Entre 23 e 25 de maio, um grupo de pesquisadores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina vai se reunir no município gaúcho de Passo Fundo para debater estratégias de preservação de araucárias nas florestas do Sul do Brasil. O objetivo é sensibilizar o poder público e produtores rurais sobre a importância da proteção e do plantio desta espécie, abordando aspectos biológicos, econômicos e culturais. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, atualmente, restam apenas 3% das matas originais de araucária do país.

O evento vai ter a presença de autoridades de seis instituições de pesquisa: Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade de Passo Fundo (UPF); Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Embrapa Florestas. Segundo o coordenador do encontro, professor da UPF Jaime Martinez, a ideia é socializar o conhecimento. "Não queremos que fique só entre os técnicos. É preciso chegar até a sociedade, principalmente os produtores rurais", disse.

Para Martinez, o III Seminário Sul-Brasileiro sobre a Sustentabilidade da Araucária vai gerar subsídios científicos para a elaboração de políticas públicas para o setor. Entre as possíveis ações, ele destaca a criação de áreas naturais protegidas, como parques de conservação, e projetos de atuação junto aos produtores rurais. Além disso, diz ele, é preciso investir no plantio de pomares.

Os pesquisadores pretendem convencer os agricultores de que uma araucária em pé gera mais renda do que cortada. Isto porque muitos produtores, ao longo do século XX, fizeram a retirada da madeira em massa, o que colocou a espécie em ameaça de extinção. Hoje, quem defende a preservação aposta na rentabilidade do pinhão como matéria-prima gastronômica para atrair o interesse desses produtores.

Santa Catarina é, dos três estados do Sul, quem tem maior área preservada de araucárias. São cerca de 25% da mata original catarinense contra 4% no Rio Grande do Sul e 1% no Paraná. Para Martinez, o principal motivo é o terreno acidentado de algumas regiões, que impediu a plantação de grãos - como milho e soja - e serviu à bovinocultura.

O Seminário acontecerá no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo e discutirá o tema araucária com foco em conservação e biodiversidade, inovação, uso sustentável, educação, legislação e políticas públicas. A programação do evento, que tem apoio do Sicredi, prevê palestras, oficinas e debates.

Fotos: Mauro Scharnick/IAP

 


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