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04/04/2017 | 10:10

Imunoterapia: novos medicamentos começam a substituir a quimioterapia no combate ao câncer

Desde meados de 2016, os pacientes com diagnóstico de câncer encontram na imunoterapia a esperança para combater a doença.  Essa nova classe de medicamentos é reconhecida mundialmente como o grande progresso no tratamento contra tumores de pele, pulmão, mama, bexiga, rim, entre outros. A imunoterapia se destaca pois, ao contrário da quimioterapia, que acaba destruindo as células boas e ruins, age no sistema de defesa do organismo humano para detectar as células cancerígenas e começam uma missão para impedir que elas se proliferem.

O médico oncologista Giuliano S. Borges, responsável pelo Centro de Novos Tratamentos Itajaí, explica que as “ células malignas conseguem enganar o sistema de defesa do organismo, onde acaba ocorrendo a evolução da doença. Mas com a nova descoberta, essa ameaça ao organismo é detectada e destruída. Outro ponto positivo é que já há indicação para pacientes iniciarem o tratamento diretamente com imunoterápicos, sem precisar passar pela quimioterapia”, explica.

Os resultados positivos avaliados mostram melhora nas respostas aos tratamentos, poucos efeitos colaterais por conta da baixa toxicidade e sobrevida dos pacientes. Com essas percepções, após longos períodos de estudo, novos imunoterápicos estão sendo aprovados e, no Brasil, neste mês de março, foi aprovado pela Anvisa o segundo medicamento imunoterápico no Brasil, para tratamento contra o melanoma. Vale lembrar que o primeiro remédio desta classe a chegar no país, em 2016, também foi para esta mesma doença e, já recebeu aprovações para combater o câncer de pulmão. Os dados foram apresentados durante o maior evento de oncologia do mundo – ASCO e estão disponíveis aos pacientes em inglês.

Para continuar com essa evolução e aprovar novas terapias, estudos estão sendo feitos no mundo através das pesquisas clínicas. O Brasil também participa desse momento importante da medicina e centros de pesquisa em todas as regiões do país oferecem essa oportunidade de tratamentos inovadores aos pacientes. O Centro de Novos Tratamentos Itajaí, em Santa Catarina, pela primeira vez, tem à disposição três tratamentos, com uso de imunoterápicos. São tratamentos para os tipos de câncer bem comuns no Brasil e com alto índice de mortalidade: câncer de pulmão, de mama e bexiga.

De acordo com o médico, esse procedimento disponível pode mudar a história do câncer de mama, assim como vem mudando a vida dos pacientes com melanoma e câncer de pulmão. Essa chance de um novo tratamento é para as mulheres portadoras do câncer de mama, que fizeram ou não quimioterapia, e possuem o diagnóstico do tipo triplo negativo metastático “ O tratamento do câncer de mama, salvo alguns casos, era um tumor que só tinha como alternativa o tratamento com a quimioterapia.  O que a gente tem atualmente aqui em Itajaí é que nós estamos analisando a associação de quimioterapia com a imunoterapia. Ou seja, eu faço a quimioterapia para destruir a célula e faço a imunoterapia para fortalecer o meu sistema imunológico para também identificar e destruir esta célula doente”, explicou. Esta forma também será a mesma utilizada em pacientes com câncer de bexiga, que receberão o tratamento combinado de quimioterapia com imunoterapia.

Além desta oportunidade, o Centro de Novos Tratamento Itajaí está com protocolo aberto para pacientes com câncer de pulmão do tipo pequenas células, que representa hoje 15% dos tumores, é mais comum em fumantes e até agora eram tratados com a quimioterapia e a radioterapia. A intenção é aumentar a resposta aos tratamentos, até então restritos a quimioterapia para este tipo de câncer.

Além dos imunoterápicos, o Centro conta ainda com tratamentos inovadores para pacientes com câncer de ovário, linfoma e lúpus. 


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