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Geral
02/01/2017 | 14:18

Brasil registrou 354 surtos de intoxicação alimentar até início de dezembro

Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, divulgados nesse mês apontam uma queda no número de episódios em que duas ou mais pessoas apresentaram sinais de intoxicação ao ingerir alimentos ou água da mesma origem. Até agora já foram registrados 354 surtos. Esses números, entretanto, podem aumentar consideravelmente durante as festas de final de ano, marcadas pela fasta oferta de alimentos.

Pensando na saúde da população, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) realiza a campanha “No Dia-a-dia Você também é Fiscal”, com o objetivo de informar e orientar a população sobre os cuidados na hora de adquirir produtos de origem animal e a importância do papel do médico-veterinário na saúde pública e sua responsabilidade, por meio da inspeção de alimentos, em garantir alimentos seguros e saudáveis para o consumo humano.

  De 2007 a 2016, de acordo com a secretaria foram registrados 6.848 surtos, com mais de 610 mil pessoas expostas, 121 mil doentes e 111 mortos. Desse total de surtos, 66% não teve sua origem identificadas e 12% dos casos foram causados diretamente pelo consumo direto de produtos de origem animal, como ovos, leite e derivados, carne bovina, suína e de aves, assim como pescados e frutos do mar.

Por isso, é imprescindível redobrar a atenção no momento de comprar, verificando a procedência da matéria-prima dos produtos, de armazenar e de manipular e preparar os alimentos que farão parte da mesa da família.

Alimentos de origem animal, como peru, chester, pernil, peixes, dentre outros que compõem a ceia da família brasileira, precisam estar de acordo com as normas de segurança alimentar e devidamente atestados, desde a sua origem, por um responsável técnico habilitado: o médico-veterinário.

“Os selos de inspeção Federal (SIF), estadual (SISP) e municipal (SIM) são os atestados de garantia de qualidade destes alimentos. Por isso, o consumidor deve ficar atento e exigir a procedência dos produtos”, alertou o presidente da Comissão Técnica de Alimentos (CTA), do CRMV-SP, Ricardo Moreira Calil.

 Os últimos dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2015 revelam o problema mundial e crescente da intoxicação alimentar. O órgão divulgou que, anualmente, 600 milhões de pessoas sofrem com intoxicação alimentar e que destas, 420 mil – um terço delas menores de cinco anos – morrem por ingerirem alimentos contaminados.

   A contaminação pode causar mais de 200 tipos de doenças. Os principais agentes são as bactérias Salmonella TyphiE. coli e S. aureus, causadores de gastrenterites, infecções intestinais e urinárias, vômitos e diarreia.

“A população precisa compreender que o leite que consumimos diariamente, por exemplo, não nasce na caixinha. Para que ele chegue saudável aos supermercados, há um médico-veterinário que trabalhou de forma adequada na produção e na inspeção desse produto”, esclarece Mario Eduardo Pulga, presidente do CRMV-SP.

Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. Ele é o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, mais de 32 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas. 


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