Desde o dia 21 de junho as pessoas em situação de rua podem se abrigar do frio e da chuva em duas barracas da Defesa Civil montadas na Paróquia São Vicente de Paulo, no São Vicente. Em quase um mês, já foram realizados mais de 800 acolhimentos. “Por dia, passam a noite nas barracas de 28 a 35 pessoas. O tempo de permanência delas no local é bem variado. Algumas passam apenas uma noite, outras já ficaram dez dias, mas a maioria permanece no máximo três dias no local”, conta o responsável pela ação, Diácono Juarez.

Além de ter onde dormir e tomar banho, os abrigados recebem janta e café da manhã. As refeições são oferecidas pela Paróquia São Vicente de Paulo por meio de doações da comunidade. “No começo da ação recebemos bastante auxílio, mas as pessoas acham que o trabalho já acabou e os donativos diminuíram”, conta o Diácono. As barracas permanecerão montadas até o dia 31 de agosto e até lá a população pode contribuir com alimentos como pão, leite, carne, legumes, arroz e feijão. A entrega deve ser na Ação Social da Paróquia.

As duas barracas emprestadas pela Defesa Civil de Santa Catarina são resistentes ao frio, vento e chuva. Elas foram equipadas com kits da Defesa Civil de Itajaí contendo colchão, travesseiro, cobertor, lençol e fronha. São uma opção a mais para as pessoas em situação de rua que não querem se abrigar na Casa de Apoio Social. “Para se abrigar na Casa de Apoio essas pessoas passam por uma triagem, é um pouco mais rigoroso e muitas pessoas não querem. Por isso, as barracas foram instaladas para ampliar esse acolhimento de forma menos burocrática” conta o Coordenador da Defesa Civil, Everlei Pereira.

Grande parte das pessoas acolhidas nas barracas estão de passagem por Itajaí ou procurando uma oportunidade de trabalho na cidade. De acordo com o Diácono Juarez, algumas delas já conseguiram emprego e moradia. “Temos alguns casos de pessoas que já conseguiram alugar um imóvel e saíram da situação de rua, outras que seus familiares viram elas na tv e vieram buscá-las, e outras que o Município ajuda a encontrar suas famílias ou retornar para suas cidades de origem. É muito gratificante” finalizou.