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07/04/2016 | 08:52

Educação é um dos setores mais afetados com a greve dos servidores públicos

A greve dos servidores públicos municipais completou quatro dias na última quinta-feira e apesar de os canais de negociação permaneceram abertos, não houve acordo entre prefeito e servidores. Quem sofre com isso é a população que encontra escolas e unidades de saúde fechadas, além de outros serviços prejudicados.

Como de costume, a Educação foi a principal área afetada. Logo no primeiro dia de greve, mais de 80% dos funcionários da educação infantil pararam as atividades. No último balanço da prefeitura, divulgado na quarta-feira, a adesão à greve era de 63% na Secretaria de Educação, com três Centros de educação Infantil fechados.

Outras unidades de ensino apresentaram atendimento parcial, com algumas classes sem aulas. Como é previsto em lei que não se pode unir alunos de idades escolar diferentes, tampou as salas de aula podem ser ocupadas por mais de 25 crianças, mesmo com escolas abertas muito pais tiveram de voltar com seus filhos para casa.

O primeiro dia de salas de aula fechadas foi na segunda-feira, quando o Sindicato dos Servidores Públicos de Itajaí confirmou a paralisação dos efetivos. A greve teve forte influência nas escolas municipais, com maior agravo nos Centros de Educação Infantil (CEIs). Durante a semana, escolas permaneceram sem aula e algumas abriram as portas com atendimento parcial.

Apesar de anunciada, a paralisação pegou de surpresa os pais de alunos do CEI Rosana Aparecida de Souza, no bairro São João. De acordo com uma mãe de um aluno, que preferiu não ser identificada, as portas do centro de educação sequer foram abertas na segunda-feira. Por sorte a vendedora teve com quem deixá-lo:

—Se não tivesse a minha mãe para cuidar iria ficar bem complicado. Eu precisaria faltar o trabalho e isso seria descontado do meu salário.

Na quarta-feira, a paralisação manteve os CEIS Dayana Maria de Souza, Henrique Marques e Laércio Malburg fechados. Algumas escolas atenderam apenas serviços de diretoria e secretaria.

Na área da saúde, o último balanço da prefeitura registrou 19,75% dos servidores paralisados. Até a quarta-feira, duas unidades do bairro Cidade Nova permaneciam sem atendimento. A comunidade dos bairros Nossa Senhora das Graças, Espinheiros e Imaruí também sofreram com a falta de atendimento nos postos de saúde. Algumas unidades funcionaram com 30% do quadro efetivo.

Até o fechamento desta edição, a última proposta feita pelo prefeito Jandir Bellini era de reajuste salarial de 7% e mais 10,36% de aumento no vale alimentação, rejeitada pelos servidores em assembleia. Segundo o membro da direção do sindicato da classe, Otávio Denegredo, a categoria, agora, luta pela reposição e os servidores aguardam uma nova reunião com o Executivo.

Relembre

Os servidores públicos municipais paralisaram as atividades na segunda-feira, às 8h. Desde então, os grevistas mantêm tendas erguidas em frente à prefeitura de Itajaí. Os funcionários que aderiram à paralisação já estavam em estado de greve desde março. Os 7% de reajuste, última proposta do prefeito, seria dividida em duas parcelas, sendo 4% pago em maio e 3% em novembro.


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