A greve dos servidores públicos municipais de Itajaí afetou os serviços de educação e saúde nesta segunda-feira. No período matutino, duas escolas municipais estavam fechadas e 27 Centros de Educação Infantil (CEIs) paralisaram as atividades. Já a área da saúde atende com 30% dos servidores em cada setor, entretanto, alguns serviços funcionam normalmente.

De acordo com a Secretaria de Educação, a prefeitura manteve as escolas municipais abertas no período vespertino. Apesar disso, as unidades escolares seguem sem aulas, apenas com atendimento da diretoria e secretaria escolar. Os professores são uma parcela dos servidores públicos que aderiram à greve logo no início da manhã.

Ao todo, 1183 funcionários da secretaria de Educação cruzaram os braços nesta segunda-feira. A maior taxa de adesão foi no setor de educação infantil, com 82% dos funcionários em greve. De 930 funcionários da educação infantil, 784 são grevistas. No ensino fundamental, cerca de 44% dos trabalhadores municipais paralisaram os serviços. Já os CEIs funcionam com menos 58% dos servidores.

Na Secretaria de Saúde, 308 aderiram à paralisação. Normalmente, a área funciona com 1558 funcionários, distribuídos na sede administrativa e em unidades de saúde. As unidades de saúde atendem com 30% dos trabalhadores, determinado por lei. Mesmo com a greve, a Farmácia Central e o Laboratório Municipal atendem normalmente, com 100% do quadro de servidores.  

Cruzaram os braços

A greve dos servidores públicos iniciou na manhã da segunda-feira, com concentração em frente à prefeitura de Itajaí. Os funcionários que aderiram à paralisação já estavam em estado de greve desde março. A principal reivindicação é o reajuste salarial de 15% e mais R$ 100 de vale alimentação.

Na sexta-feira, o prefeito Jandir Bellini propôs um aumento de 4% no salário dos servidores e 10,36% em vale alimentação, mas a proposta foi recusada pela classe. Apesar disso, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais levou a proposta da prefeitura em assembleia com demais servidores, também negada.

A presidente do sindicato, Eliane Corrêa, diz que a classe só aceitará um reajuste salarial com base no índice inflacionário do período. O sindicato ainda não decidiu qual será a data para uma nova assembleia.