O perdão é o caminho para a libertação das nossas tristezas e das nossas mágoas. Pelo perdão, damos sinal verde para Deus limpar a nossa alma, nos curar e nos restaurar.
Há um poder imensurável no perdão, porque nele caminhamos na luz e na paz de Deus. Perdoando não há como o inimigo conseguir penetrar em nossa alma, por meio das feridas, acusações e calúnias.
Perdoar significa deixar livre, soltar, libertar, despedir, mandar embora, atribuir um favor incondicionalmente àqueles que nos feriram. É não levar em conta o mal causado; é não reter a mágoa ou ferida; é agir como se o incidente nunca houvesse acontecido.
O perdão pleno, gratuito e eterno, é oferecido a todos que sentirem a força do arrependimento e que tenham a fé em Deus. O perdão que recebemos do Nosso Pai é proporcional ao perdão que liberamos sobre os nossos ofensores.
A pessoa que não perdoa, fica prisioneira do seu passado, perde a capacidade de viver o hoje, porque sempre encara o presente com os olhos do passado. Torna-se prisioneiro das mágoas o que é comprovado cientificamente que uma grande parte das enfermidades físicas é de origem psicossomática, causada pelo rancor.
Da mesma forma como Deus nos perdoou em Cristo, temos que perdoar aquelas pessoas que de alguma forma nos ofenderam e se somos os ofensores, devemos pedir perdão. Somente quando as amarras do orgulho e da ignorância deixarem de existir, alcançaremos a liberdade em toda a sua plenitude.
Também devemos refletir se temos alguém em nosso coração que precisamos perdoar. Essa será nossa primeira atitude, no exercício do perdão, essa é uma tarefa difícil, mas genuinamente cristã. Faça a sua parte e se a pessoa não tem o desejo de nos perdoar, esse será um problema dela, diante de Deus e ela terá que prestar contas ao Pai Amado.
Se alguém pedir perdão a nós, devemos igualmente perdoar sem questionar se aquele pedido é sincero ou não. O perdão é composto por dois elementos, o natural que se origina no próprio homem e o sobrenatural que é de competência divina. A parte que cabe a Deus é o milagre, restaurando a alma, as emoções, o amor próprio, modificando o senso pessoal de justiça, libertando da amargura e curando o inconsciente.
Você sabia que perdoar a si mesmo é tão importante quanto perdoar ao próximo? Se você não perdoar a si mesmo, como vai conseguir perdoar o outro? Se não perdoar seus próprios erros, suas próprias faltas, como conseguirá perdoar os erros e faltas alheias?
Perdoe urgentemente a si mesmo, o sentimento de culpa, age como uma autopunição, mas só é válida para querer reparar os erros cometidos. Para chegar a esse ponto, você deve passar pelo estágio do remorso, que é o reconhecimento do mal realizado e consequente o sofrimento; e do arrependimento, que é a ânsia de reparar o erro cometido por você. Se você já passou desse ponto, a autopunição não tem mais serventia alguma para você, é um peso morto. Se você não chegou a se arrepender, não acha que seja necessário reparar ou compensar o mal que causou, talvez esteja entrando ou já entrou num processo de vitimização e auto piedade. Reconheça seus erros, levando em conta que muitas vezes erramos tentando fazer o que nos parece melhor em determinadas circunstâncias.
Se importe mais consigo mesmo. Respeite mais a si mesmo e acima de tudo seja seu melhor amigo!
Abra-se consigo mesmo, conte de seus velhos medos, de suas vergonhas e fraquezas que só você conhece. Cure essas feridas, seja generoso consigo, você precisa de você.
Perdoe-se! Faça as pazes com você e comece já a mudar seu padrão de pensamentos e sentimentos. Vigie seus pensamentos, eles são determinantes para o que você faz de melhor para si e para seu próximo. Ame-se mais, afinal você precisa primeiro se amar para depois conseguir amar a seu próximo como a nós mesmos! Perdoe, perdoe sempre!