A manifestação dos caminhoneiros terminou após sete horas de bloqueio na rodovia Antônio Heil, entre os municípios de Itajaí e Brusque, durante a segunda-feira. A paralisação iniciou na altura do quilômetro 21, no bairro Limoeiro. O Ministério da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) confirma que a greve é um ato anti-Dilma, sem pauta de reivindicações da categoria.
As paralisações aconteceram em nível nacional e ganharam força logo na manhã de segunda-feira. De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Itajaí, Ademir de Jesus, a greve no município foi organizada por transportadoras:
— Nós não estamos envolvidos e não organizamos nada. Os transportadores formaram um movimento. Nenhuma entidade sindical de caminhoneiros está ligada a greve. Os caminhoneiros param outros motoristas e fecham as rodovias.
Ainda na segunda-feira, o ministro da Secom, Edinho Silva, confirmou que o movimento grevista tem como objetivo o desgaste político do governo. A Presidência da República não recebeu uma pauta para negociação e reivindicações. O ministro aguarda que os caminhoneiros coloquem em primeiro lugar os interesses da sociedade:
— Se tivermos uma pauta de reivindicação, como tivemos em outros momentos, o governo sempre estará aberto ao diálogo. Agora, uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo, ela vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira.
A greve dos caminhoneiros ainda não afetou as economias portuárias. Segundo a assessoria de comunicação do Porto de Itajaí, até o fim da tarde de segunda-feira a paralisação não gerou impactos para o complexo. Dependendo do tamanho da greve, o Porto pode ser prejudicado futuramente.